Em inglês, “to switch” significa mudar, trocar ou alternar. E na Biologia Sintética, um “switch” representa um mecanismo de controle, uma espécie de interruptor biológico projetado para ativar ou desativar funções específicas em resposta a estímulos. Da mesma forma, em “Monthly Switch”, exploraremos diversos temas a cada mês, alternando entre diferentes áreas da SynBio. E é exatamente isso que buscamos oferecer, um espaço que será como um interruptor, ligando novos conhecimentos e desligando as barreiras do familiar.
Para o mês de junho, daremos uma olhada em um artigo publicado por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas.
Mining a bioremediation genetic toolbox in the novel environmental bacteria Enterobacter cloacae strain amazonensis
Elen Bethleen de Souza Carvalho; Pablo Alessandro Barbosa Viana; Maria Clara Tavares Astolfi; Adriane Menezes de Barros; Marcelo Valente Pinto Pinto; Enedina Nogueira de Assunção; Spartaco Astolfi Filho.
O artigo aborda a exploração de uma ferramenta genética de biorremediação em uma nova bactéria ambiental, Enterobacter cloacae amazonensis.
• Os pesquisadores identificaram que essa cepa bacteriana é altamente resistente a metais pesados e antibióticos, sendo isolada de águas residuais industriais e córregos contaminados na cidade de Manaus, Brasil;
• A análise genômica revelou a presença de 104 genes relacionados ao metabolismo de diversos metais, como cobre, cobalto, zinco, cádmio, cromo, mercúrio e arsênio, além de genes de resistência a amplo espectro;
• A caracterização do plasmídeo móvel pEN_Amazonensis presente na cepa demonstrou a capacidade de conferir resistência ao mercúrio e antibióticos em E. coli, destacando o potencial dessa nova ferramenta genética para processos de biorremediação e biotecnologia ambiental;
Perspectivas Futuras:
A continuação da pesquisa visa explorar a diversidade genética da cepa amazonensis e a interação desses genes com o ambiente, visando soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios ambientais
A análise dessa nova cepa bacteriana não apenas enriquece nosso entendimento da biodiversidade do Amazonas, mas também ressalta a importância de proteger e estudar os ecossistemas únicos desta região para o desenvolvimento de estratégias sustentáveis de conservação e uso responsável dos recursos naturais.